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Magusto e São Martinho

São Martinho

O São Martinho é uma festa muito popular em alguns lugares de Portugal. 


Nos vídeos pode ver como se celebra:


Em Gandra (cidade pequena, do concelho de paredes, ao leste do Porto). Este vídeo é muito grande mas dá para ver um São Martinho tradicional do rural.


Em Serrazes- São Pedro do Sul, perto de Viseu. Vídeo no que se vê o baile tradicional e como fazem o magusto ao jeito tradicional.


Na Ilha da Madeira. Vídeo de 1’21’’ que dá para ver como se celebra esta festa na ilha.

O tempo das castanhas e os magustos

Onde é que há castanhas em Portugal?


Trás-os-Montes é região por excelência das castanhas - região onde muita gente vive ainda da sua apanha e posterior comercialização para o resto do país.

É a região da Terra Fria, rota que engloba terras lindas como Bragança, Miranda do Douro, Mogadouro, Vimioso e Vinhais – e do Parque Natural de Montesinho, rota que eu sugiro a quem gostar de escapadinhas de fim-de-semana.

Já fui em data tardia para acompanhar a apanha da castanha, mas fui em dia lindo para contemplar a terra, sentir os tons quentes, caminhar pela natureza, ver as folhas e os ouriços pelo chão, e depois parar para um lento e reconfortante almoço.


Tirado do site: https://lifecooler.com/artigos/o-tempo-das-castanhas/20461/

Conheces Tras-os-montes? Podes ver estes Documentários:

        

O outono é a época das castanhas

Neste link podes ouvir a famosa canção de Carlos do Carmo “O homem das castanhas” e acompanhas a leitura.

Em que cidade estão a Praça da Figueira e o Jardim da Estrela?  


Na Praça da Figueira,

ou no Jardim da Estrela,

num fogareiro aceso é que ele arde.

Ao canto do Outono, à esquina do Inverno,

O Homem das Castanhas é eterno.

Não tem eira nem beira, nem guarida,

e apregoa como um desafio.

.


É um cartucho pardo a sua vida,

e, se não mata a fome, mata o frio.

Um carro que se empurra,

um chapéu esburacado,

no peito uma castanha que não arde.

Tem a chuva nos olhos e tem o ar cansado

o homem que apregoa ao fim da tarde.

Ao pé dum candeeiro acaba o dia,

voz rouca com o travo da pobreza.

Apregoa pedaços de alegria,

e à noite vai dormir com a tristeza.

.

Quem quer quentes e boas, quentinhas?

A estalarem cinzentas, na brasa.

Quem quer quentes e boas, quentinhas?

Quem compra leva mais calor p'ra casa.

.


A mágoa que transporta a miséria ambulante,

passeia na cidade o dia inteiro.

É como se empurrasse o Outono diante;

é como se empurrasse o nevoeiro.

Quem sabe a desventura do seu fado?

Quem olha para o homem das castanhas?

Nunca ninguém pensou que ali ao lado

ardem no fogareiro dores tamanhas.

.

Quem quer quentes e boas, quentinhas?

A estalarem cinzentas, na brasa.

Quem quer quentes e boas, quentinhas?

Quem compra leva mais amor p'ra casa.