Calçada de Carriche
Acompanhe a leitura deste excerto do poema de António Gedeão "Calçada de Carriche" com o recitado completo do mesmo, realizado por Odete Santos:
Luísa sobe,
sobe a calçada,
sobe e não pode
que vai cansada.
Sobe, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe
sobe a calçada.
Saiu de casa
de madrugada;
regressa a casa
é já noite fechada.
Na mão grosseira,
de pele queimada,
leva a lancheira
desengonçada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.
(...)
range o soalho a cada passada,
salta para a rua,
corre açodada,
galga o passeio,
desce o passeio,
desce a calçada,
chega à oficina
à hora marcada
puxa que puxa,
larga que larga,
(...)
puxa que puxa,
larga que larga;
toca a sineta
na hora aprazada,
corre à cantina,
volta à toada,
puxa que puxa,
larga que larga,(...)
Agora escreva no caderno as frases que indicam que a Luísa se move pelas ruas.